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Oposição quer que tabela do fator fique congelada  Fonte: Juca Guimarães do Agora  |  17/06/2009

O projeto que facilita a aposentadoria integral e cria o fator 85/95 deve ter mais uma mudança antes de ser votado, segundo o Agora apurou junto a deputados. Na reunião de líderes da Câmara ontem, que decidiria se o projeto iria direto para o plenário e quando seria votado, parlamentares da oposição fizeram mais uma exigência para que a proposta seja aprovada: a tabela do fator previdenciário congelada.

Assim, com a discussão sobre o projeto, é mais provável que a votação, que poderia ocorrer nesta semana, fique para até 16 de julho –quando começa o recesso parlamentar.

“A oposição quer mais tempo para analisar a proposta do fator 85/95 e o congelamento da expectativa de vida. Isso favorece o trabalhador que não atingir o novo fator”, disse o deputado federal Cleber Verde (PRB-MA), líder do partido.

Pela proposta da tabela congelada, quando o aposentado atingisse os 35 anos de contribuição (homem) ou 30 (mulheres), a tabela do fator previdenciário seria congelada. Mesmo se ele continuasse trabalhando e adiasse a aposentadoria, seria usada a tabela do fator referente ao ano em que ele atingiu o tempo mínimo de contribuição.

A vantagem é que, todo ano, a tabela muda –o fator reduz mais as aposentadorias porque leva em conta a expectativa de vida dos segurados (que costuma crescer anualmente). Assim, se o segurado usar o fator de uma tabela de um ano anterior, o desconto na aposentadoria será menor.

O relator da proposta na Câmara, Pepe Vargas (PT-RS), confirmou que deve incluir a proposta da tabela do fator congelada em seu relatório. A ideia do fator 85/95 tem aprovação da bancada governista.

“É um tema que não tem problema para ser aprovado”, comentou o líder do PT, Candido Vacarezza (SP).

O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), disse ontem que tem interesse de votar o mais rápido possível os temas polêmicos, como o fim do fator, se houver consenso entre os líderes.

Outra reunião hoje
Hoje pela manhã, os líderes se reúnem novamente e devem votar o pedido de urgência para o fim do fator. Assim, o projeto estará pronto para votação na Câmara.

Com a inclusão da regra do fator 85/95 e da tabela congelada, o projeto deve ser votado de novo no Senado, onde teve origem, antes de ir à sanção ou veto do presidente Lula.



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